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sexta-feira, março 27, 2009

Oscar Gustave Rejlander

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Como faz tempo que eu não posto no blog, resolvi acrescentar mais conhecimento falando a respeito não de um pintor, ou escultor... Mas sim de um fotógrafo!

Essa semana tivemos a nossa primeira aula de fotografia, e a professora pediu uma pesquisa a respeito de alguns fotógrafos. Como escolhi o sueco Rejlander, resolvi postar no blog as pesquisas que fiz acerca dele, e da sua obra "Duas formas de Vida", presente abaixo.




-->Nascido na Suécia em 1813, e morto em 1875, em Londres.
Rejlander era um sueco que estudou pintura na Itália. Nos anos 1840 mudou-se para a Inglaterra, onde foi estimulado pelos assistentes de Fox Talbot (um dos fotógrafos mais importantes da época) a investir na arte da fotografia.
Sua mais famosa fotografia é uma alegoria entitulada “Duas formas de vida”, de 1857, que retrata um sacerdote guiando dois jovens para a maturidade. Um deles se inclina à vida de perdição, tanto é que observamos os elementos que constituem o seu lado; há uma mulher nua ao chão, e outras duas seminuas, com expressões insinuantes à esquerda de quem vê a obra. Já no outro lado, o outro jovem parece-se inclinado a uma vida mais moralista, tanto é que observamos uma mulher com ares puritanos, com um véu, há uma família e pessoas trabalhando. Mostra as inclinações das pessoas e as tentações da vida. Literalmente, duas formas de se levar a vida.
Quando exposta em 1857, em Manchester (Inglaterra), a obra causou choque pelo fato de haverem mulheres nuas, mesmo não se impressionando com os nus em pinturas ou esculturas. Mas, para o pensamento da época, a fotografia era real demais, portanto uma afronta aos bons costumes. Quando exposta na Escócia, o lado esquerdo da obra chegou a ser encoberto. Entretanto, essa obra encorajou muitos artistas visionários a seguirem a fotografia, provando que, tudo que choca, no fundo gera alguma ideia nova (a exemplo do Impressionismo na França). Até mesmo a Rainha Victoria comprou um exemplar para o seu marido por dez guinés, dando um prestígio à arte de Rejlander.
Essa foto exigiu um estudo meticuloso e uma imensa quantidade de luz, já que não havia muitos recursos para a fotografia naquela época. O mais curioso nela é que ela simplesmente não passa de uma montagem, ou uma ilusão. Foram usados mais de trinta negativos nas impressões, ou seja, o grupo não foi fotografado junto, e sim individualmente, para depois serem encaixados conforme a conveniência (era uma fotomontagem). Suas medidas são enormes, sendo uma fotografia de aproximadamente 76 cm x 40 cm. Um observador de notas fotográficas assim a classificou (em 28 de abril de 1857): “Magnífico... Decididamente a melhor fotografia de sua classe nunca pronunciada...”
Henry Peach Robinson, escrevendo sobre ele e sua obra:
Com a generosa intenção de ser do uso de fotógrafos, e para promover a causa da arte ele, infelizmente, descreveu o método pelo qual as figuras são feitas; os pequenos truques e artimanhas aos quais ele teve que recorrer; como faltava uma arquitetura clássica como seu fundo, ele teve que se contentar com um pequeno pórtico no jardim de um amigo seu; assim como fez parecer pequenos pedaços de tapeçaria representarem enormes cortinas.
Assim, ele deu a pista que os críticos espertos tanto queriam, e foi obrigado a declarar que a figura não passava de retalhos. É muito mais fácil chamar a fotografia de uma combinação de retalhos do que a compreensão do verdadeiro sentido de um trabalho soberbo como é esta obra prima de Rejlander.”
Rejlander não gostava de usar as palavras que poderiam vir a ferir os sentimentos dos outros. Isto ficou bem claro nesta afirmação sua:
Virá o tempo em que um trabalho será julgado pelos seus méritos, não através do método de produção...”

PS: Algumas partes deste escrito foram traduzidas do site presente nas referências.

Referência:
http://www.rleggat.com/photohistory/history/rejlande.htm

segunda-feira, março 09, 2009

Gauguin e Van Gogh, a amizade que acaba em tragédia

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Como resolvi deixar o melhor para o final, resolvi aqui incluir nestes dois últimos posts (marcados como pós-Impressionismo) dois artistas que considero "o marco" para esse período, que foi o final do século XIX, no Pós-Impressionismo.
Pensei duas vezes antes de escrevê-los, de tanta que foi a influência destes dois artistas em toda a História das Artes Visuais.
O primeiro nasceu em 1848, e morreu em 1903, de sífilis (aos 56 anos), nas Ilhas Marquesas. Seu nome? Paul Gauguin! Por que foi importante? Ele foi o artista que "fugiu" dos motivos clássicos europeus de pintura na época. Ficou conhecido principalmente por causa das cores puras e chapadas presente em seus quadros, e pela exoticidade presente neles. Como passou boa parte de sua vida no Taiti, essa influência é bem visível em sua arte. O misticismo, a cultura taitiana é uma coisa que chamou a atenção da elite artística européia, já que era uma coisa realmente diferente. Abaixo, "Mulheres taitianas com flores de manga", de 1899.
Vincent Van Gogh, nascido em 1853 e morto em 1890, é um dos artistas mais influentes atualmente. Van Gogh é tão conhecido quanto um Picasso ou um Da Vinci atualmente. O que ele pregava? Sentimento e cor devem andar de mãos dadas! Sua pintura era caracterizada por pinceladas curtas e cores vibrantes. Abaixo, o quadro "Noite Estrelada", de 1889.


Van Gogh era um homem apaixonado pela arte, tanto que produziu muitos quadros, até no fim de sua vida. Era inquieto, sofrido, e mal compreendido pelas pessoas que o cercavam.
Sim, e por que eu resolvi pô-los juntos em um mesmo post? Van Gogh e Gauguin foram amigos! E passaram a conviver juntos em 1888, com uma proposta de Van Gogh a Gauguin, para que ele viesse pintar com ele. Os dois viveram juntos por um tempo, dividiam as tarefas da casa. Enfim... Eram excelentes amigos e iam até aos bordéis juntos.
Até que o Van Gogh se incomodou com o Gauguin, por este tê-lo pintado louco, e Van Gogh, em meio a um dos seus ataques de fúria (Van Gogh era uma pessoa muito temperamental), bateu em Gauguin, causando a partida deste para bem longe.
Os dois contribuíram muito pra História da Arte, e a sua vida e obra é uma coisa bem interessante, já que esses dois eram pessoas que não tinham medo de arriscar. A única coisa que acabou mal foi o fato de Van Gogh suicuidar-se tempos depois da partida do mestre (era assim que ele considerava Gauguin).
É bom lembrar que Van Gogh foi o percursor do Expressionismo e Gauguin do Primitivismo.

Bibliografia:
STRICKLAND, Carol; Arte Comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno; Editora Ediouro; 1999.
 
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