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sábado, março 24, 2012

A importância da alfabetização midiática no Ensino de Artes nas escolas

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Como minha formação apontou para o lado da Arte-educação, dedicarei uma postagem apenas para este tema, de tamanha importância na Educação, e que cada vez mais ocupará um espaço importante na formação dos alunos. Falarei da alfabetização midiática do ponto de vista do ensino de Artes, abordando o assunto de forma fundamentada, a fim de construir um texto juntando o aporte teórico que tenho absorvido nos últimos meses (não todos, mas sobre essa questão específica).
Quando tratamos de sala de aula, quando temos um turma de alunos, reunimos um fragmento da sociedade que se instala em um ambiente, e tal como a sociedade, o grupo integra ou reformula uma determinada cultura.

Acerca da cultura

       A questão cultural é universal. Coloquialmente, quando falamos acerca deste tema, ou alegamos em conversas informais que "fulano tem cultura", estamos dizendo na realidade que esta pessoa é culta, ou que possui conhecimento e incorporou para si os elementos de uma dada cultura erudita. Seja pela leitura, música, artes...
       Algumas pessoas mais pretensamente entendidas costumam dizer que Big Brother Brasil, funk ou pagode são coisas de pessoas que não têm discernimento, não têm CULTURA, ignorando que esta é uma.
       Cultura é o conjunto de valores, crenças, ritos, hábitos que um determinado grupo social ou étnico possui.
        Entre os jovens de um determinado grupo, costumamos ver uma denominação bastante interessante sobre cultura, falamos das TRIBOS. As tribos são grupos que se reúnem com algum interesse em comum, geralmente música, e dentro desse interesse, há uma série de comportamentos, hábitos, modos de se vestir que caracterizam esta tribo. Onde quero chegar? É importante ter em ente isso quando lidamos com jovens em sala de aula, pois, falando acerca do ensino de Artes, precisaremos estudar isso para arquitetar uma forma de chegar até os alunos, para que eles se identifiquem com as nossas aulas, e acima de tudo, se sintam motivados através das nossas metodologias, que devem despertar o interesse neles.
       A Educação está passando por uma crise paradigmática, ou seja, uma reformulação de valores que os levarão cada vez mais à conclusão de que a aprendizagem centra-se no aluno, e não mais no professor, que vai até a frente da sala, e "despeja" o seu conteúdo sobre a turma, e esta que "se vire" para assimilar.

A importância da mídia na Educação

      Ela está presente em nossas vidas desde que levantamos para ver a televisão, ou checamos o nosso e-mail, em redes sociais, quando vemos comentários sobre a Banda X que lançou seu último cd, ou o artista que causou alguma gafe, indo parar em todos os sites de notícias. Isso é mídia, e é tão importante não excluí-la da sala de aula, pois é um tema que deve ser debatido e acima de tudo questionado. Os nossos alunos devem entender sobre aquilo que leem, ouvem e assistem, e não se tornarem passivos diante da informação que lhes é passada - Bom lembrar, todo o conhecimento é informação, mas nem toda a informação é conhecimento.
      Essa observação pode ser feita também em cima do telejornalismo, desmistificando a visão de que há imparcialidade nos discursos, procurando instigar o espírito crítico no jovem, para que ele não se torne uma mera "massa de manobra".
      Se querem falar de BBB, falaremos sobre o BBB, e não apenas lhes diremos que este é um assunto para se deixar para a "hora do intervalo". Sobre a música, trabalharemos sobre a música, e criaremos coisas construtivas em cima de tais assuntos. Poderando: nada seria feito sem muito planejamento. Improviso não cabe por aqui.
       Não mais o professor será aquele que detém o saber, pois muito pode aprender de seus alunos se lhes der voz, e se deixar que se exponham e construam o seu próprio conhecimento. Reitero que é uma questão óbvia que nós, os professores, temos as nossas próprias visões de mundo e ideologias, entretanto, há que se ter discernimento para compreender que os jovens devem ser donos e responsáveis pelos seus próprios conhecimentos.
      A maior parte dos teóricos que li abordam esta questão de maneira enfática, entretanto, devo salientar que a Arte-educação, com a Profª Drª Ana Mae Barbosa, têm sido a pessoa que mais têm batido nesta tecla desde que o campo do ensino de Artes começou a ir além do ensino polivalente (LDB 1971).
     É importante também agregarmos outros saberes juntamente com a dita alfabetização midiática que aqui se quer propor, pois o ensino de Artes também engloba outros conteúdos de grande importância, como é o caso da própria cultura erudita branca e europeia. Saber acerca dela sempre será útil, principalmente para estabelecer um paralelo não somente na Arte, mas nas mentalidades, que imprescindivelmente vem intrínsecas nas cores, nos traços e nas formas dos trabalhos artísticos de determinadas épocas.É importante estudá-la, assim como é importante abordar em igual patamar, as contribuições das culturas indígenas e africanas para a construção da nação brasileira - o que é abordado claramente na Lei 9394/1996, a famosa LDB (se tu fazes Licenciatura, é OBRIGATÓRIO que tu leias essa lei). A Arte nacional, essencialmente, construiu-se com modelos importados da Europa, que foram adaptados e modificados pelos índios e pelos negros.E aqui não falo somente de Arte, mas de uma cultura inteira.
    Claro que um trabalho desses duraria, no mínimo, alguns anos. É uma visão utópica. Mas é algo que deve ser refletido por todos os professores de Artes, de forma a realizar o seu trabalho com mais eficiência.
    Bem sei o quanto turmas podem ser difíceis, e o quanto a questão da disciplina em sala de aula é algo problemático, e que nenhum teórico da área pedagógica pôde resolver (especialmente se este nunca entrou em uma sala de aula). Só que é em meio ao debate que vamos conversando e colocando os problemas.
      Primeiro os problemas, depois a análise, e um estudo e planejamento de possíveis soluções.

Bibliografia

ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2011.
BARBOSA. Ana Mae (org). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2011.
______________________. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 2011.
FERRAZ, M.C. de. T e FUSARI, M.F.R. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2010.
FREIRE, PAULO. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, RJ: Paz e
Terra, 2000.

Princesas da Disney em versão naturalista

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Depois de muito tempo sem dar as caras, volto aqui com uma postagem abordando a cultura artística pop. Eu não sei quanto a vocês, mas eu sou uma confessa apaixonada dos desenhos da Disney, principalmente das princesas, ou das protagonistas de alguns desenhos que foram consideradas "princesas" afinal de contas.

E "viajando" pelo Yahoo, acabo me deparando com a notícia deste link. As releituras dos clássicos Disney foram feitas pelo(a) estudante de Artes Jirka Väätäinen, com o intuito de mostrar as princesas de forma naturalista. A verossimilhança impressiona, pois o(a) artista conseguiu unir a expressão das personagens com os traços de possíveis versões. Ou seja, conseguiu ir além da deformação estilística dos cartoons e transcendê-la de forma a "trazer vida" essas meninas que fizeram parte da minha (ou da tua) infância.

Algumas não foram divulgadas no site do Yahoo, portanto, tomei a liberdade de postar as imagens das princesas esquecidas.

Esmeralda - O corcunda de Notre Dame

Ariel - A Pequena Sereia

Aurora - A Bela Adormecida (foi a única que eu
não gostei muito... porque além de não captar
a atmosfera da princesa, o(a) artista não soube
retratar a beleza, sequer deixando-a bonita.
 
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