Vou procurar ser sucinta com relação a sua biografia, porque qualquer curiosidade, é só acessar o Wikipedia e achar todas as informações lá.
Nasceu em São Paulo, mas vive e trabalha em Nova Iorque.
Sua obra se baseia na releitura de grandes trabalhos de grandes artistas, como o Da Vinci e o Claude Monet, além dos próprios que ele criou, formando figuras diversas e de artistas da mídia. Não seria nada de mais se não fosse curioso a forma que ele faz essa releitura.
Já criou desenhos (ou pinturas?) com geleia, calda de chocolate, confeitos. Além de suas esculturas gigantescas se utilizando de lixo e brinquedos. Não há muito o que dizer sem olhar para os seus trabalhos.
Quando olhamos uma foto de um trabalho seu, talvez não tenhamos a ideia da dimensão que ele possui.
Quem é antenado com relação a novelas (diferentemente de mim) vai reconhecer um trabalho seu quando ver a abertura da antiga novela das nove da Globo, Passione.
Nada do que eu disser aqui não será opinião pessoal, já que tem muito crítico de Arte que coloca como verdade absoluta tudo que fala, e eu estou, cada vez mais, evitando esse tipo de linguagem. Vou deixar livre comentários dos mais diversos a respeito do seu trabalho, contando que sejam isentos de preconceitos. Dizer que "algo é um lixo", e pôr como verdade absoluta, é algo que estou criticando até em minhas próprias atitudes.
Por fim, voltando ao trabalho do artista-tema desse post, gostaria de divulgar fotos sobre os seus trabalhos.
O nome deste trabalho é Medusa, uma releitura de um quadro do artista Caravaggio (só de olhar para alguns trabalhos, vê-se que Muniz é um admirador de sua Arte). E como vocês podem perceber, tem algo muito efêmero nisso. Imagina tu num restaurante, daí tu enjoas de comer um macarrão e resolve começar a "brincar" com a comida. Daí resulta em uma obra dessas. Tu publicas e faz o maior sucesso. Não importa o material, o que importa é que isso é um trabalho muito valoroso. Pelo menos eu penso assim, já minha mãe achou nojento (hehe).
Abaixo temos uma releitura da Monalisa do Da Vinci. Até quem é leigo em Artes e não conhece muitos artistas, conhece esta obra de Arte. Agora imaginem uma Monalisa feita com geleia e pasta de amendoim? Em uma opinião pessoal, muitos estudiosos em Arte podem se irritar com o que eu vou dizer: mas ele desbancou legal o Marcel Duchamp.
Aqui embaixo temos uma releitura do quadro "Narciso", seguido do seu original, de autoria do pintor barroco italiano boêmio (quantos adjetivos!) Caravaggio. Há vários artistas dos quais ele fez a releitura que são deste material. Como é o caso de "Leda e o Cisne" (releitura de Da Vinci), "Ícaro" (do artista também barroco Tiziano).
Se vocês olharem bem de perto, verão que o "método" de produção da obra, bem como os materiais, se assemelham e muito ao da abertura da própria novela das oito, embora este tenha vindo bem antes. Eles são gigantescos para falar a verdade. O artista Vik Muniz se utiliza de galpões onde ele conta com a ajuda de assistentes. A fotografia não é somente um registro, mas parte da obra também. O material, se vocês aproximarem seus olhos da tela do computador, são sucatas. Só observem o quanto um pneu parece pequeno nesta foto. Daí vocês imaginem as reais dimensões.
Esse aqui é um dos meus preferidos. Antes de ler o resto do que eu tenho a dizer, aproxime seu rosto da tela e tente adivinhar qual foi o material utilizado desta vez.
Fez isso? Então tá. Tu sabes aqueles soldadinhos de brinquedo, aqueles coloridos, que talvez a nova geração não conheça, mas quem foi criança na minha época, ou talvez antes de mim, entre os anos 70 e 90, vai reconhecer que estes são aqueles conjuntinhos que se comprava em lojinhas de quinquilharia para dar de presente para algum amiguinho. Enfim, Vik Muniz viu nisso uma oportunidade de fazer Arte. É bárbara a criatividade deste homem! O melhor de tudo foi ele se utilizar de soldadinhos de brinquedo para retratar um soldado.
Muito curioso é este trabalho também, que parece um desenho feito de grafite. Mas ao contrário do que parece, a superfície deste desenho é preta, o que é branco é o açúcar utilizado para produzi-la. Até eu quando fiquei sabendo dessa série de trabalhos (porque Vik Muniz fez uma série de trabalhos assim) não acreditei que fosse açúcar. O mais curioso, e não por acaso, ele fotografou crianças filhas de trabalhadores de canas-de-açúcar para compor a série. Este é apenas um exemplo da série.
Esta série de trabalhos é com certeza uma coisa muito "chique", já que o material utilizado por Muniz são nada mais do que diamantes. Ele fez uma série de utilizando de grandes estrelas de Hollywood, como Audrey Hepburn e Marilyn Monroe, e outras grandes divas dos anos 1950 e 1960 (mesmo Monroe tendo morrido em 1962).
Falando em Marilyn Monroe, Vik Muniz fez uma versão também em quebra-cabeças. É curioso observar que elas estão sobrepostas umas sobre as outras, o que nos faz indagar sobre COMO ele fez isso... É um quebra-cabeças que monta a imagem da artista de cinema, mas ele não está encaixado?
Agora vindo um pouco para a mídia brasileira, é muito interessante a capa do CD do trio Tribalistas feita pelo artista. Seguindo o mesmo esquema da Monalisa, ela é feita com calda de chocolate.
E seguindo a mesma linha do trabalho de quebra-cabeças de Marilyn Monroe, só que desta vez com confetes.
Abaixo temos, um auto-retrato seu (de frente e costas),
E outra capa de cd, só que do Seu Jorge.
Mesmo Vik Muniz tendo todo esse currículo em seus trabalhos, há muita gente que, na minha sincera opinião, não tem talento, sente inveja e prefere criticar, só porque é jornalista da mídia e acha que entende tudo de tudo.
Como já falei antes, não gostar de uma coisa é uma simples opinião à qual todos temos direito. Mas julgar já são outros quinhentos, ainda mais se tu és um criador de opinião, como este "sujeito" chamado Diogo Mainardi.
Para quem não sabe, ele é colunista (ou ex-colunista) da revista VEJA (com tendências partidárias, e preconceitos intrínsecos, embora tenha que dar o crédito por algumas reportagens realmente boas). O pior é ver que tem gente que ainda dá um certo crédito a este arrogante.
Bom, depois desse "descarrego", vou colar o link da reportagem direto do site da VEJA, para que vocês mesmo leiam e tirem suas próprias conclusões. PS: Eu sou fã do Mister Maker. hehe! Então meu xingamento não é por causa disso.
http://veja.abril.com.br/130509/mainardi.shtml
Mas para não deixar por menos, vou colar aqui a resposta que o próprio Vik Muniz deixou para Mainardi, na sessão de "cartas dos leitores" na VEJA.
"Eu gostaria de agradecer a Diogo Mainardi pelo interesse e tradicional eloquência com que me criticou (ou elogiou, até agora não sei) o meu trabalho. Agradeço, pois, ao Diogo, que, apesar de pessoalmente ser uma pessoa formidável, intelectualmente é um gabiru recalcado cuja única contribuição para a cultura local tem sido uma constante e enfadonha reinvenção da demagogia como forma de entretenimento. Muito obrigado por me comparar ao Mister Maker. Adoro e recomendo o programa, especialmente para o Diogo, que, como crítico de arte, demonstrou ser confuso e não enxergar um palmo além de parcos estereótipos."
Fonte: http://veja.abril.com.br/200509/leitor.shtml
Se quiserem contribuir, fiquem à vontade nos comentários, desde que eles tenham a ver com o tema exposto.
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