Depois de ter falado um pouco das mandalas nas culturas indiana e chinesa, venho aqui tratar de um post que fala exclusivamente das mandalas. A ideia? Justamente um trabalho no primeiro ano que fizemos com a professora Cleusa, que impressionada com o trabalho da nossa colega Juliana, resolveu elaborar um trabalho em aula mostrando as mandalas de nossos colegas. O pessoal todo foi bem criativo com relação à execução e cada um vez a mandala de acordo com o que achavam melhor e mais a ver com o universo de cada um.
Antes de tratar o conteúdo, gostaria de lembrar que na sua essência, a mandala é toda e qualquer forma com um centro fixo, e subdivisões que saem desse centro. Uma margarida e um trevo de quatro folhas tem a forma de uma mandala.
A mandala como conhecemos (que tem o significado sânscrito de "círculo") tem origem oriental e trata da relação do homem com o universo. Vemos também o quanto as coisas são cíclicas através delas, do quanto o universo está em perfeita interação, de acordo com a cultura do oriente de uma maneira geral, mais precisamente presente no Budismo, apesar de ter surgido a partir do Hinduísmo. Abaixo, a Grande Mandala do Buda Vairochana.
Ela é dotada de simbologia e significados, utilizada principalmente nas religiões. De acordo com Micheline Flak e Jaques de Coulon (1997), a mandala no sentido de forma não é monopólio do Tibete ou da Índia, sendo considerada de maneira universal por se encontrar em praticamente todas as culturas mundiais. Inclusive é até interessante desmistificar essa ideia, já que muitas culturas atribuem à forma da mandala diversos aspectos inerentes ao seu modo de pensar e viver.
Podemos citar diversos símbolos que contêm a forma de uma mandala que nos são muito comuns no nosso dia-a-dia, e que se pararmos para pensar, são passivos de reflexão. Observa na tua casa mesmo! Pergunto-te: Que horas são? Quem sabe tu vás até o relógio da cozinha e me diga, sem ao menos perceber que o próprio relógio na sua forma tradicional, redondo, com doze divisões, não deixa de ter a forma de uma mandala. Serve para contar O TEMPO!
Acho que todas as pessoas sabem me dizer o que é uma rosa dos ventos. A rosa dos ventos serve para a orientação dos pontos cardeais! Sim, aqueles mesmos que tu aprendes na escola (norte, sul...), para quem teve aula de Geografia. É um símbolo em forma de mandala, já que ela, como falei anteriormente, possui um centro e divisões a partir dele.
Como citei no início desse post, temos o famoso trevo de quatro folhas, significado supersticioso de "boa sorte". Ninguém nunca percebeu que ela possui a forma de mandala?
A forma mandala inclusive é muito utilizada para a decoração de casas. Observa vitrais de janelas redondas, observa a ornamentação presente na maçaneta redonda de muitas portas. São formas de mandala...
Por fim... Só quis acrescentar um pouco do universo "mandalístico", já que estava há horas para fazer um post só me dedicando às minhas queridas mandalas. Ao pessoal da minha área, que é as Artes Visuais, devem entender que a própria mandala é um exercício de criatividade quando nos determinamos a fazer uma, e colori-la da maneira que acharmos melhor. Abaixo, alguns trabalhos de colegas meus. Espero que eles não se importem de eu tê-los exposto. Eles são de 2007, da aula de Expressão em Superfície e Volume da professora Cleusa.
Referências:
DAHLKE, Rüdiger; Mandalas: formas que apresentam a energia do cosmos e a energia divina; Editora Pensamento-Cultrix; São Paulo; 1997.
http://www.samsara.blog.br/2007_12_01_archive.html
sábado, outubro 31, 2009
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