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segunda-feira, novembro 09, 2009

O drama no trabalho de Arminda Lopes


É realmente com muito gosto que torno aqui novamente ao blog para fazer um post exclusivamente a uma artista de quem particularmente sou muito fã.

Na mesma ocasião em que visitei os museus em Porto Alegre, fui até o Museu Júlio de Castilhos admirar o trabalho da escultura gaúcha Arminda Lopes.

Mas por que eu escolhi falar do trabalho dela? Bem, eu me apaixonei pela obra da Arminda já em 2007, no primeiro ano de curso, quando ela expos no Margs. Na mesma ocasião, estavam em exposição as gravuras do artista espanhol Goya, conhecidíssimo por suas obras na Europa no século XVIII.

É realmente uma grande responsabilidade falar a respeito de uma artista com a qual já conversei, e inclusive a tenho favoritada em meu blog, porque eu fico morrendo de medo de falar alguma besteira.

Enfim, já que não posso adivinhar o que pensa a escultura Arminda Lopes, posso dizer, segundo o que vejo e os conhecimentos que tenho em Artes Visuais nestes 3 anos de estrada, que é um trabalho que não tem como passar despercebido.

A Arminda consegue trazer à tona toda aquela angústia ou dor inerente ao ser humano. Suas esculturas (nas duas oportunidades que eu tive de vê-las ao vivo) são envolventes, são densas, e altamente expressivas. Elas expressam o drama do sentimento humano em sua maior essência.

À primeira vista, havia pensado que suas esculturas eram feitas de barro. Mas olhando mais de perto, pude perceber que eram de metal. Genial! Realmente fiquei muito impressionada ao perceber a grande jogada. Eram de metal, mas pareciam argila. E eram esculturas relativamente grandes! Todas elas com temas polêmicos, como uma série inteira que eu vi sobre crianças sofridas pelas mazelas do mundo (acho que eram da exposição "Miseráveis"). A Arminda que me corrija se eu estiver errada.

Nesta última exposição no Margs, pude acompanhar um trabalho seu do Júlio de Castilhos. Era a exposição "Estados da Alma". Onde havia uma tenda, com vários bustos que formavam meio que um corredor. Uma música sinistra tomava conta do ambiente. Diversas esculturas de, em média, uns 2 metros de altura, tomavam a sala, penduradas por um cabo de metal, e estavam devidamente iluminadas, quase como um palco de teatro. Ao fundo, uma figura de uma mulher deitada de bruços, com aparente expressão de sofrimento. Mais à frente encontramos uma cena que mais parece um sacrifício humano, bem como, acima encontramos um plástico, ou tecido, que era o molde da mesma mulher que antes estava de bruços.

É um trabalho que vale a pena conferir. Quem não conhece, deveria procurar se informar a respeito do trabalho de Arminda Lopes. Quem quiser conferir mais imagens, acesse os sites das referências.

Referências:

Site oficial da escultora Arminda Lopes

Blog da escultora
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