"O flerte entre arte e tecnologia acompanha a história da humanidade, mas hoje as possibilidades de criação são tantas que é difícil estabelecer a fronteira entre uma e outra." (Fonte: SESC- SP)
Estava há horas para escrever um post a respeito entre a arte e a tecnologia. Já havia escrito outro a respeito da divulgação da arte escultórica e pictórica através da fotografia, disponível neste link. No entanto, não havia tratado do assunto da tecnologia digital na execução de obras de arte, e na composição de instalações.
Como disse a frase que tirei do site do SESC de São Paulo, como eu mesma queria dizer, a Arte é o reflexo de todo um paradigma da sociedade em dadas épocas.
Estava até comentando isso com o meu namorado, que é estudante de História, que a Arte foi o primeiro meio de se descobrir como pensava uma sociedade antiga, já que ela antecede inclusive o advento da escrita, que passou a ser a mais importante prova de cultura de uma dada civilização.
O maior exemplo disso são os desenhos nas cavernas, conhecidos como "arte rupestre". Claro que se sabe que o homem tinha um objetivo "mágico" com aquela arte, segundo vários historiadores de arte, incluindo Hauser. "(...)Nesta fase de vida exclusivamente prática, tudo girava, como é óbvio, em torno da mera preocupação de arranjar alimentos.(...)" (Hauser, 1982)
Por isso mesmo, que seria quase imprescindível que a Arte acompanhasse a tecnologia no sentido de trazer novas visões a esta área e sobre um novo olhar sobre a vida e a própria sociedade.
Atualmente, ter um computador, ou um celular tornou-se uma obrigação para quem vive em um mundo digital, onde tem-se acesso a internet, e consegue-se uma gama muito variada de informações em um curto período de tempo.
A Arte Computacional veio para isso, para complementar o conceito de Arte Contemporânea.
Só que as competências exigidas pelos artistas computacionais são diferentes das exigidas pelos artistas de antigamente, mais tradicionais, com outros conhecimentos.
A experimentação começou no final dos anos 1950, bem no limiar entre o que se chama de Arte Moderna e Arte Contemporânea.
Inclusive eu já havia abordado sobre os artistas que fizeram nome dentro da arte cinética, inclusive até um artigo individual sobre o artista brasileiro Abraham Palatnik, que trabalhou muito a parte da tecnologia em seus trabalhos e instalações.
Para quem é leigo, esclareço aqui o que é instalação. Instalação é o ambiente criado pelo artista a fim de torná-lo a sua própria obra de arte. Em vez de confeccionar uma escultura ou uma pintura, o artista cria todo um ambiente para que a sua arte seja fruída.
A instalação é uma das formas mais conhecidas de Arte Contemporânea e pode ser encontrada em qualquer exposição de museu de quaisquer artistas contemporâneos.
O que será tratado nessa postagem é justamente a contribuição da arte computacional para a arte contemporânea, sendo que a maior parte delas são feitas a partir de instalações, seja através de projeções, monitores, e até mesmo trabalhos escultóricos se utilizando de peças de computador (apesar que esta última é considerada uma arte conceitual).
Vou dar alguns exemplos de artistas renomados que fizeram seu nome e cima da arte computacional. Como são trabalhos gráficos, geralmente com movimentos, postarei vídeos que encontrei no youtube.
Mutation - Yoichiro Kawaguchi, 1992
Crossborders - Michel Chevalier, 2007
"A evolução da forma" (The Evolution of Form) - William Latham e Stephen Todd, 1989
Pissenlits - Edmond Couchot e Michel Bret 1988-2005
Waldemar Cordeiro
Referências
Wikipedia
UnB
UniRio
Vsites - UnB
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