Conforme havia prometido em um post bem antigo, mais precisamente há um ano, vou falar de uma artista que tem uma ligação muito íntima com o Artesanato (especificamente o crochê) e a Arte de uma maneira conceitual, o que a torna uma notável artista contemporânea. No post anterior, onde falei de Arte, Artesanato e Romero Britto, prometi que traria algo relacionado ao artesanato só que com teor artístico.
Não vemos muitos sites falando a respeito do seu trabalho, então as informações que trago são diretamente dos sites da própria artista, que expõe mais a sua obra e trajetória do que sua biografia de uma maneira geral.
Graduou-se em 1997 como Bacharel em Estudos Culturais, na Universidade Adam Mickiewicz, em Poznan, na Polônia.
Apesar disso, só ganhou espaço nos Estados Unidos em 2003, onde expôs seus trabalhos esculturais através das suas "capas" de crochê em Nova Iorque. Claro que o seu trabalho também inclui outras técnicas de artesanato, mas o crochê é a principal.
Suas obras se dividem em: esculturas, instalações, "infláveis" e trajes.
Esculturas:
De caráter lúdico e com um caráter inovador quanto à técnica, elas são mais expostas em lugares ditos cotidianos do que em galerias. É aquele conceito de inserir um objeto artístico em um local de circulação cotidiana, por mais que seja inusitada, como é o caso do carro e do boneco no campo, ou um refeitório, como é o caso do cubo. Uma coisa é certa: esses trabalhos não têm como passar despercebidos onde quer que estejam.
Instalações:
Nada mais é do que as suas esculturas e outros adereços expostas em um determinado espaço, tornando-o a sua própria instalação.
Infláveis:
Como eu havia dito, seus trabalhos têm um caráter lúdico, e essas obras são referência a isso. Vou chutar porque não tenho certeza, mas creio que são feitos com plastico, bexigas, e canutilhos e miçangas. Notem que alguns de seus trabalhos tem pessoas de verdade o preenchendo, como se estivessem vestindo um parangolé (no caso, o ato de "vestir" uma obra de Arte), embora não seja muito fã dos ditos "parangolés".
Trajes:
Mesmo não sendo uma obra de Arte em si, já que os trajes que ela fez foram encomendados, pelo que consta. Mas ainda assim vou divulgar, porque é parte do seu trabalho como artista.
Vocês não imaginam o quanto eu, no meu momento de ócio, estava navegando pelo twitter, e vejo o nome do Vik Muniz nos Trending Topics.
Como é raro aparecer alguma coisa realmente produtiva, tratei de averiguar do porquê do seu nome estar ali, já que o comum é estar ali alguma coisa do BBB ou qualquer fato idiota digno de cultura inútil.
Até que descobri que há dois documentários de grandes artistas que admiro muito, e que se tu pesquisares, encontrarás artigos sobre eles neste blog mesmo.
Não sei se levam... Mas estou torcendo para que qualquer um deles ganhe, já que tenho muita admiração pelo trabalho contemporâneo que realizam.
Banksy pelo seu talento com estêncil nas ruas da Inglaterra, sempre provocando o questionamento e causando polêmica. Inclusive o governo inglês proíbe que apaguem qualquer trabalho de Banksy nos muros.
Vik atenta mais para a questão dos lixões, fotografando pessoas que trabalham no Jardim Gramacho (maior aterro sanitário da América Latina) na cidade do Rio de Janeiro, e executando os seus trabalhos pictóricos típicos (o artigo anterior a este entra em mais detalhes sobre isso) com sucata, retratando as mesmas pessoas que trabalham nesses aterros. Exatamente como fizera com as imagens em que retratava em açúcar sobre um tecido preto crianças filhas de operários que trabalhavam nas canas. Diz ele que o dinheiro arrecadado com a venda das fotografias será convertido para ajudar aquelas pessoas em situação de miséria extrema.
Agora é torcer. E enquanto eu não acho os documentários completos, vou repassar os trailers.
Lixo Extraordinário - Vik Muniz
Exit Through the Gift Shop (Saída através da Loja de Presentes): Banksy
Estava há horas para escrever a respeito do trabalho deste artista. Só que como não encontrava tempo para falar a respeito dele por causa da correria que foi para mim o ano de 2010...
Vou procurar ser sucinta com relação a sua biografia, porque qualquer curiosidade, é só acessar o Wikipedia e achar todas as informações lá.
Nasceu em São Paulo, mas vive e trabalha em Nova Iorque.
Sua obra se baseia na releitura de grandes trabalhos de grandes artistas, como o Da Vinci e o Claude Monet, além dos próprios que ele criou, formando figuras diversas e de artistas da mídia. Não seria nada de mais se não fosse curioso a forma que ele faz essa releitura.
Já criou desenhos (ou pinturas?) com geleia, calda de chocolate, confeitos. Além de suas esculturas gigantescas se utilizando de lixo e brinquedos. Não há muito o que dizer sem olhar para os seus trabalhos.
Quando olhamos uma foto de um trabalho seu, talvez não tenhamos a ideia da dimensão que ele possui.
Quem é antenado com relação a novelas (diferentemente de mim) vai reconhecer um trabalho seu quando ver a abertura da antiga novela das nove da Globo, Passione.
Nada do que eu disser aqui não será opinião pessoal, já que tem muito crítico de Arte que coloca como verdade absoluta tudo que fala, e eu estou, cada vez mais, evitando esse tipo de linguagem. Vou deixar livre comentários dos mais diversos a respeito do seu trabalho, contando que sejam isentos de preconceitos. Dizer que "algo é um lixo", e pôr como verdade absoluta, é algo que estou criticando até em minhas próprias atitudes.
Por fim, voltando ao trabalho do artista-tema desse post, gostaria de divulgar fotos sobre os seus trabalhos.
O nome deste trabalho é Medusa, uma releitura de um quadro do artista Caravaggio (só de olhar para alguns trabalhos, vê-se que Muniz é um admirador de sua Arte). E como vocês podem perceber, tem algo muito efêmero nisso. Imagina tu num restaurante, daí tu enjoas de comer um macarrão e resolve começar a "brincar" com a comida. Daí resulta em uma obra dessas. Tu publicas e faz o maior sucesso. Não importa o material, o que importa é que isso é um trabalho muito valoroso. Pelo menos eu penso assim, já minha mãe achou nojento (hehe).
Abaixo temos uma releitura da Monalisa do Da Vinci. Até quem é leigo em Artes e não conhece muitos artistas, conhece esta obra de Arte. Agora imaginem uma Monalisa feita com geleia e pasta de amendoim? Em uma opinião pessoal, muitos estudiosos em Arte podem se irritar com o que eu vou dizer: mas ele desbancou legal o Marcel Duchamp.
Aqui embaixo temos uma releitura do quadro "Narciso", seguido do seu original, de autoria do pintor barroco italiano boêmio (quantos adjetivos!) Caravaggio. Há vários artistas dos quais ele fez a releitura que são deste material. Como é o caso de "Leda e o Cisne" (releitura de Da Vinci), "Ícaro" (do artista também barroco Tiziano).
Se vocês olharem bem de perto, verão que o "método" de produção da obra, bem como os materiais, se assemelham e muito ao da abertura da própria novela das oito, embora este tenha vindo bem antes. Eles são gigantescos para falar a verdade. O artista Vik Muniz se utiliza de galpões onde ele conta com a ajuda de assistentes. A fotografia não é somente um registro, mas parte da obra também. O material, se vocês aproximarem seus olhos da tela do computador, são sucatas. Só observem o quanto um pneu parece pequeno nesta foto. Daí vocês imaginem as reais dimensões.
Esse aqui é um dos meus preferidos. Antes de ler o resto do que eu tenho a dizer, aproxime seu rosto da tela e tente adivinhar qual foi o material utilizado desta vez.
Fez isso? Então tá. Tu sabes aqueles soldadinhos de brinquedo, aqueles coloridos, que talvez a nova geração não conheça, mas quem foi criança na minha época, ou talvez antes de mim, entre os anos 70 e 90, vai reconhecer que estes são aqueles conjuntinhos que se comprava em lojinhas de quinquilharia para dar de presente para algum amiguinho. Enfim, Vik Muniz viu nisso uma oportunidade de fazer Arte. É bárbara a criatividade deste homem! O melhor de tudo foi ele se utilizar de soldadinhos de brinquedo para retratar um soldado.
Muito curioso é este trabalho também, que parece um desenho feito de grafite. Mas ao contrário do que parece, a superfície deste desenho é preta, o que é branco é o açúcar utilizado para produzi-la. Até eu quando fiquei sabendo dessa série de trabalhos (porque Vik Muniz fez uma série de trabalhos assim) não acreditei que fosse açúcar. O mais curioso, e não por acaso, ele fotografou crianças filhas de trabalhadores de canas-de-açúcar para compor a série. Este é apenas um exemplo da série.
Esta série de trabalhos é com certeza uma coisa muito "chique", já que o material utilizado por Muniz são nada mais do que diamantes. Ele fez uma série de utilizando de grandes estrelas de Hollywood, como Audrey Hepburn e Marilyn Monroe, e outras grandes divas dos anos 1950 e 1960 (mesmo Monroe tendo morrido em 1962).
Falando em Marilyn Monroe, Vik Muniz fez uma versão também em quebra-cabeças. É curioso observar que elas estão sobrepostas umas sobre as outras, o que nos faz indagar sobre COMO ele fez isso... É um quebra-cabeças que monta a imagem da artista de cinema, mas ele não está encaixado?
Agora vindo um pouco para a mídia brasileira, é muito interessante a capa do CD do trio Tribalistas feita pelo artista. Seguindo o mesmo esquema da Monalisa, ela é feita com calda de chocolate.
E seguindo a mesma linha do trabalho de quebra-cabeças de Marilyn Monroe, só que desta vez com confetes.
Abaixo temos, um auto-retrato seu (de frente e costas),
E outra capa de cd, só que do Seu Jorge.
Mesmo Vik Muniz tendo todo esse currículo em seus trabalhos, há muita gente que, na minha sincera opinião, não tem talento, sente inveja e prefere criticar, só porque é jornalista da mídia e acha que entende tudo de tudo.
Como já falei antes, não gostar de uma coisa é uma simples opinião à qual todos temos direito. Mas julgar já são outros quinhentos, ainda mais se tu és um criador de opinião, como este "sujeito" chamado Diogo Mainardi.
Para quem não sabe, ele é colunista (ou ex-colunista) da revista VEJA (com tendências partidárias, e preconceitos intrínsecos, embora tenha que dar o crédito por algumas reportagens realmente boas). O pior é ver que tem gente que ainda dá um certo crédito a este arrogante.
Bom, depois desse "descarrego", vou colar o link da reportagem direto do site da VEJA, para que vocês mesmo leiam e tirem suas próprias conclusões. PS: Eu sou fã do Mister Maker. hehe! Então meu xingamento não é por causa disso.
Mas para não deixar por menos, vou colar aqui a resposta que o próprio Vik Muniz deixou para Mainardi, na sessão de "cartas dos leitores" na VEJA.
"Eu gostaria de agradecer a Diogo Mainardi pelo interesse e tradicional eloquência com que me criticou (ou elogiou, até agora não sei) o meu trabalho. Agradeço, pois, ao Diogo, que, apesar de pessoalmente ser uma pessoa formidável, intelectualmente é um gabiru recalcado cuja única contribuição para a cultura local tem sido uma constante e enfadonha reinvenção da demagogia como forma de entretenimento. Muito obrigado por me comparar ao Mister Maker. Adoro e recomendo o programa, especialmente para o Diogo, que, como crítico de arte, demonstrou ser confuso e não enxergar um palmo além de parcos estereótipos."
Fonte: http://veja.abril.com.br/200509/leitor.shtml
Se quiserem contribuir, fiquem à vontade nos comentários, desde que eles tenham a ver com o tema exposto.
Realmente devo admitir que não sou muito fã de Arte Performática. Tudo isso é uma questão de gosto, creio eu, assim como há pessoas que gostam de coisas ou não. Sinceramente, penso que para você conseguir adentrar no significado da Arte, especialmente ela performática, seja por Lygia Clark ou Hélio Oiticica, você tem que ter um pensamento desprendido e com congnições diferenciadas das pessoas que possuem os pés mais no chão, como eu. Isso é apenas uma opinião pessoal.
Mas eu realmente tive que abrir a minha guarda para esta grande artista contemporânea nascida em Belgrado - Sérvia (antiga Iugoslávia) que com certeza mexeu muito com o significado de toda a arte. E que rendeu um trabalho meu ao final da faculdade, inspirado no trabalho dela com Arte Performática.
Marina Abramovic é uma alma diferenciada, sem dúvida, e é praticamente impossível não nos chocarmos ao assistirmos às suas performances que beiram a insanidade ou a morbidez.
Ela tem total desprendimento pelo próprio corpo, não se importando em machucá-lo ou exibi-lo nu se for em nome de sua arte.
Vou mostrar algumas performances de sua autoria, para que vocês entendam o que estou querendo dizer.
Esta acima chama-se "Rythm 10", original de 1973. Esta versão que apresento é uma versão do DVD que fala a respeito da sua Arte, chamado "The Star", filmando em 1999. Vejam e tirem suas conclusões sobre os comentários que fiz anteriormente.
Essa performance é a minha preferida de Marina Abramovic, chamada "Art must be beautiful", que significa em inglês, para quem não sabe "Arte deve ser bonita", onde ela repete em um transe de insanidade constante as frases "Art must be beautiful. The artist must be beautiful."
Essa é outra performance interessante, chamada "How we in balkans kill the rats" (Como nós em balcãs matamos ratos), um trabalho sem dúvida autobiográfico, a respeito de suas memórias. Para quem não entender o que ela disse, abaixo encontra-se toda a tradução e explicação do "método" de transformar ratos em lobos. Eu gostaria de contar a vocês uma história de como nós nos Balcãs matamos ratos. Nós temos um metódo de transformar um rato em um lobo, nós fazemos um lobo-rato. Mas antes de eu explicar este metódo, eu gostaria de contar a vocês sobre os ratos em especial. Primeiro de tudo, ratos consomem uma vasta quantidade de comida, algumas vezes o dobro do peso deles próprios. Seus dentes frontais nunca param de crescer e eles tem que estarem abaixados constantemente por causa do risco de sufocamento. Ratos cuidam bem de seus familiares. Eles nunca param de matar ou comer os membros de sua própria família. Eles são extremamente inteligentes. Einsten uma vez disse: "Se um rato fosse 20 quilos mais pesado, seria definitivamente o dominador do mundo." Se você colocar um prato de comida e veneno na frente de um buraco, o rato irá senti-lo e não comer. Para capturar os ratos você tem que colocar todos os seus buracos com comida, deixando apenas um aberto. Deste jeito você pode pegar 35 ou 45 ratos. Você tem que ter certeza que você escolheu somente machos. Você os coloca em uma jaula e dá a eles somente água para beber. Depois de um tempo, eles começam a ficar com fome, seus dentes frontais começam a crescer, e mesmo assim, normalmente, eles não irão matar os membros da sua própria tribo, mas desde que eles corram riscos de sufocamento, eles são forçados a matar o mais fraco na jaula. E então, outro fraco, outro fraco, e outro fraco. Eles fazem isso até o último rato mais forte e superior deles é deixado na jaula. Agora o capturador de ratos continua a dar água para o rato. Este tempo é muito importante. Os dentes do rato continuam a crescer. Quando o capturador de ratos vê isso há somente uma meia hora antes do rato sufocar. Ele abre a jaula, pega a s faca, remove os olhos do rato e deixa ele ir. Agora o rato está nervoso, alterado e em pânico. Ele se depara com a própria morte e corre até o buraco e mata cada rato que vem ao seu caminho. Até ele vir até o rato mais forte e superior a ele. Este rato o mata. É assim que nós fazemos o rato-lobo nos Balcãs.
Tem mais alguns trabalhos via youtube, mas como eu não tenho certeza se este provedor de blog aceitaria - no caso em algumas que Marina risca, com uma faca, o próprio ventre em forma de pentagrama. Eu indico procurar no youtube. Mas a minha intenção era mostrar a natureza do trabalho desta grande artista, que, literalmente, dá o seu sangue pela Arte.
Sei que faz muito tempo que não atualizo o blog por estar na correria do tcc, relatórios de estágio, questões da formatura, minha mudança pra Porto Alegre. Só pude sentar agora para atualizar este blog que está entregue às moscas, desde outubro do ano passado sem atualização.
Como considero importante atualizar o blog trazendo novas perspectivas de Arte, e disponibilizando links de Download sobre filmes de Arte interessantes, mais uma vez estou atualizando, desta vez para falar do longa "O Sorriso de Monalisa", de 2003, estrelado por Júlia Roberts e Kirsten Dunst.
A sinopse encontra-se abaixo, extraída do Wikipedia:
Recria a atmosfera e os costumes do início da década de 1950. Conta a história de uma professora de arte que, educada na liberal Universidade de Berkeley, na Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães. No filme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas.
Comentários:
É um filme sem dúvida que vale a pena ver para quem curte uma boa comédia romântica, em um final de semana, sozinho ou acompanhado.
Não é um filme biográfico ou para quem quer estudar sobre arte, mas mostra bem o universo dos anos 1950 nos Estados Unidos. A Arte serve apenas como um pano de fundo para o desenrolar da história, que se concentra na Professora Katherine Watson (Julia Roberts) e em suas alunas, que estão estudando para serem boas esposas e donas de casa - leia-se "amélias".
As alunas são os pilares do filme juntamente com a professora Katherine:
Betty Warren (Kirsten Dunst):
A mais "certinha", que quer posar de boa esposa, influenciada pela mãe, é Betty Warren, que é uma pessoa que vive de aparências, e não tem muitos sentimentos com relação aos outros.
Gisele Levy (Maggie Gyllenhaal) :
Representa o lado oposto da amiga Betty Warren, mostrando-se uma mulher independente (avançada demais para a época) que quer apenas curtir e as coisas boas que ela dá.
Joan Brandwyn (Julia Stiles):
É a mais centrada das quatro amigas. Seu sonho sempre foi ser advogada, mas isso bate de frente com o seu sonho em ser uma boa esposa e ter uma família.
Connie Baker (Ginnifer Goodwin):
É considerada a "gordinha" do grupo, a que tem mais problemas de auto-estima, e pensa que nenhum rapaz vai se interessar por ela.
A professora quer que suas alunas sigam suas vidas de forma independente, com um olhar com certeza avançado para a época em que se encontra. Tanto é que é questionada várias vezes durante o filme sobre por que nunca se casou, rendendo comentários maldosos das próprias alunas e do corpo docente da escola tradicional na qual leciona.
Há alguns furos no filme, como o fato da Instituição Welleslley College (verídica) permitir que suas aulas estudassem Arte Moderna, ao contrário do que é apresentado no filme, onde a professora Katherine encontra problemas ao mostrar o mundo contemporâneo.
A minha sincera opinião é que é um filme que não pode ser visto a sério. Não que não seja um filme bom, mas a Arte não é tratada como ponto principal, e sim pano de fundo para a história dessas 5 mulheres. Nada de errado com isso também.
Ele tem pontos excelentes como a caracterização das personagens, os ambientes, a visão tradicional e machista da mulher nos anos 1950.
Outro ponto interessante é a visita das garotas a um galpão, onde a professora lhes apresenta obras do famoso pintor Jackson Pollock, que estava fazendo muito sucesso naquela época. O filme se passa em anos antes de sua morte, em 1956.
Como eu falei, é uma comédia romântica. Mas quem curte comédia romântica e Arte, tenho certeza de que vai gostar.
O Download encontra-se abaixo, dividido em 7 partes, que devem ser unidas pelo programa HJSplit. Como está dublado, obviamente não há legendas para baixar.